Feliz Páscoa!

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Essa semana tivemos uma pausa para celebrar um momento muito especial que acontece entre os dias 18 e 20 de abril, a Páscoa.

A Páscoa se origina da tradição judaica do Pessach, em hebraico “passagem”. De acordo com a tradição, a primeira celebração de Pessach ocorreu há 3.500 anos, quando de acordo com a Torá, Deus enviou as dez pragas sobre o povo egípcio. Antes da décima praga, o profeta Moisés foi instruído a pedir para que cada família hebreia sacrificasse um cordeiro e molhasse os umbrais (mezuzót) das portas com o sangue do cordeiro, para que não fossem acometidos pela morte de seus primogênitos. Chegada a noite, os hebreus comeram a carne do cordeiro, acompanhada de pão ázimo (matzá) e ervas amargas, como o rábano (mārôr), por exemplo. À meia-noite, um anjo enviado por Deus feriu de morte todos os primogênitos egípcios, desde os primogênitos dos animais até mesmo os primogênitos da casa do Faraó. Então o Faraó, temendo a ira divina, aceitou liberar o povo de Israel para adoração no deserto, o que levou ao Êxodo.

Como recordação dessa libertação, e do castigo de Deus sobre o Faraó, foi instituído para todas as gerações o sacríficio de Pessach.

É importante notar que Pessach significa passagem, ou seja, a passagem do anjo da morte que libertou o povo judeu do Egito, mas também a passagem dos hebreus pelo Mar Vermelho ou outra passagem qualquer, como a própria passagem da condição de povo escravo para povo livre, já que o nome evoca vários simbolismos.

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Por isso, a Páscoa dos dias de hoje trata também de uma oportunidade, que se repete todos os anos, de eliminarmos o poderoso Faraó que habita e domina cada um de nós. É ele que nos mantém escravos de comportamentos circulares e repetitivos. Um ser que habita dentro de nós e que jamais se contenta, precisando se comparar com tudo e com todos.
Nessa semana temos a chance de ganhar forças para nos livrarmos das artimanhas desse Faraó e realizar a passagem para uma nova existência. Mas para isso precisamos caminhar juntos, concentrados e trocar a descrença pela fé, o desejo pelo agradecimento e o orgulho pela simplicidade.

Feliz Páscoa a todos e obrigado pela companhia nessa viagem chamada vida.

 

Pedro Lupo

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